Paul Gauguin nasceu em Paris, em 7 de junho de
1848. Quando tinha um ano de idade, seu pai, um jornalista político, embarcou
com a família para o Peru, mas morreu na viagem. Entretanto, graças a pessoas
ricas conhecidas de sua mãe em Lima, Gauguin passou os sete primeiros anos de
sua vida naquele país, antes de voltar à França em 1855. Aos 17, Paul Gauguin
entrou para a Marinha Mercante. Em seus cinco anos no mar, elevou-se ao posto
de segundo-tenente e visitou o Panamá e o Pacífico, os lugares tropicais que
sempre acompanharam seus pensamentos.
Em 1871, Gauguin retornou a Paris, onde
um influente amigo da família conseguiu-lhe um trabalho como corretor de
valores. Passou a década subsequente como um respeitável homem de negócios,
casando-se com uma moça dinamarquesa, Mette Sophie Gad, com quem teve cinco
filhos.
No início da década de 1870, Gauguin
tornou-se um entusiasmado pintor de domingo e, em finais de 1876, já dominava
suficientemente a pintura para que uma paisagem sua fosse aceita para exposição
no Salão Anual Oficial. Entretanto, logo ele preferiu expor suas obras junto
aos impressionistas, que eram ainda tidos como rebeldes inveterados.
Trabalhando arduamente durante suas horas de folga, Gauguin adotou a técnica
impressionista de pintar paisagens no próprio local, utilizando pinceladas
curtas de pura cor para capturar os efeitos atmosféricos. Como seus grandes
contemporâneos Cézanne e Van Gogh, considerava o Impressionismo um agente
liberador, embora tenha acabado por dar origem a um estilo muito diferente.
Gauguin, sem dúvida, querida
abandonar o mundo dos negócios e tornar-se um pintor profissional. O que fica
menos claro é se ele o teria feito se não fosse o colapso econômico de 1882; no
mínimo, sua má sorte financeira concedeu-lhe a desculpa de que precisava para
começar uma nova carreira, na idade de 35 anos, como um artista em tempo
integral.
Foram então anos de
dificuldades. Mette foi morar com sua família em Copenhague, onde Gauguin
também permaneceu por um tempo. Depois que ele partiu, os dois nunca mais
voltaram a viver juntos. Em 1887, Gauguin fez sua primeira turnê artística nos
trópicos, passando alguns meses no Panamá e na Martinica.
Forçado de volta à França
pela malária e por pobreza, ele levou consigo telas vivas com cores novas e
libertas de qualquer movimento artístico antecedente.
Contudo, o progresso
artístico de Gauguin foi ainda mais marcante durante suas visitas à Bretanha
nos derradeiros anos da década de 1880, mostrando-se, nessa época, ainda remota
e estimulantemente primitivo. Lá, ele começou a desenvolver seus estilo
peculiar, com suas formas nitidamente delineadas e cores fortes. Seu estilo já
estava definido em 1888, quando foi passear dois meses desastrosos em Arles em
companhia de Vincent Van Gogh.
Em 1891, Gauguin já tinha
se estabelecido como um líder entre os artistas e os poetas de Paris. Porém,
ainda extremamente pobre, ele tomou a surpreendente decisão de se fixar no
longínquo Taiti. O mais celebrado de todos os seus quadros foi pintado nessa
ilha, e as imagens de uma simplicidade incorrompidamente primitiva tiveram um
grande impacto sobre a imaginação ocidental. Embora Gauguin amasse as terras
tropicais, a vida continuava dura, e em 1893 ele retornou a Paris, na esperança
de que suas telas taitianas viessem a ser uma sensação e, por fim, trouxessem-lhe
fama e segurança.
Após dois anos de
decepções, Gauguin voltou para o Taiti, Já estava então doente, e seu mal foi
agravado por uma condição sifilítica não-diagnosticada. Hospitalizado com muita
frequência, engajava-se em trabalhos braçais e às vezes na política e no
jornalismo locais. Sua produção artística era irregular; ainda assim, neste
período produziu alguns de seus melhores quadros.
Em 1901, Gauguin
retirou-se definitivamente da civilização que o intimidava, estabelecendo-se
nas Ilhas Marquesas. Seu prazer nesse novo paraíso foi rapidamente estragado
por sérios conflitos com as autoridades locais. Ele ainda estava recorrendo
contra uma sentença de três meses por crime de difamação quando sua vida
turbulenta foi definitivamente cortada por um ataque cardíaco, em 8 de maio de
1903.
Autor: Paul Gauguin
Obra:
Two Breton Women on the Road
Ano:
1894
Localização:
Musée d'Orsay,
Paris, France
Dimensões:
66 x 93 cm
Técnica:
óleo sobre tela
Movimento:
Fauvismo
Autor: Paul Gauguin
Obra: Fatata te miti (Near the Sea)
Ano: 1892
Localização: The National Gallery of Art, Washington, DC, USA
Dimensões: 67,9 x 91,5 cm
Técnica:
óleo sobre tela
Movimento:
Fauvismo
Autor:
Paul Gauguin
Obra: Parau Api (What's New?)
Ano: 1892
Localização:
Gemaldegalerie
Neue Meister, Dresden, Germany
Dimensões:
67 x 91 cm
Técnica:
óleo sobre tela
Movimento:
Fauvismo
Autor:
Paul Gauguin
Obra:
Vahine no te vi (Woman with a Mango)
Ano:
1892
Localização:
Baltimore Museum
of Art, Baltimore, MD, USA
Dimensões:
73 x 44 cm
Técnica:
óleo sobre tela
Movimento:
Fauvismo
Autor:
Paul Gauguin
Obra:
Ta Matete (We Shall Not Go to Market Today)
Ano:
1892
Localização:
Kunstmuseum
Basel, Basel, Switzerland
Dimensões:
73 x 91,5 cm
Técnica:
óleo sobre tela
Movimento:
Fauvismo
Autor: Paul Gauguin
Obra:
Taperaa Mahana
Ano:
1892
Localização: Collection of Otto Krebs, Holzdorf. Now in the Hermitage, St.
Petersburg, Russia
Dimensões:
72.3 × 97.5 cm (28.5 × 38.4 in)
Técnica:
óleo sobre tela
Movimento: Fauvismo
Autor:
Paul Gauguin
Obra: Nafea Faa ipoipo? (When Will You
Marry?)
Ano: 1892
Localização:
Kunstmuseum
Basel, Basel, Switzerland
Dimensões:
105 x 77,5 cm
Técnica:
óleo sobre tela
Movimento:
Fauvismo
Autor:
Paul Gauguin
Obra: Fatata te mouà (At the Foot of a
Mountain)
Ano: 1892
Localização: The Hermitage, St. Petersburg, Russia
Dimensões:
68 x 92 cm
Técnica:
óleo sobre tela
Movimento:
Fauvismo
Autor: Paul Gauguin
Obra: Tahitian Landscape
Ano: 1893
Localização: The Minneapolis Institute of Arts, Minneapolis, MN, USA
Dimensões:
93 x 73 cm
Técnica:
óleo sobre tela
Movimento:
Fauvismo
Autor:
Paul Gauguin
Obra: The Messengers of
Oro. Illustration for 'L'Ancien culte mahorie', leaf 24
Ano:
1893
Localização:
Louvre, Paris,
France
Dimensões:
14 x 17 cm
Técnica:
Watecolor
Movimento:
Fauvismo
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