Foi um artista plástico, poeta e romancista austríaco. Com o pseudônimo Der Dadasophe exerceu um destacado papel como dadaísta, participando dos grupos de Zurique e posteriormente de Berlim. Foi
crítico às instituições da Alemanha durante os anos transcorridos entre as duas guerras mundiais.
Tendo ido viver com seus pais em Berlim com quatorze anos de idade, foi de seu
pai que teve os primeiros ensinamentos sobre pintura. Jovem ainda interessou-se
pelo Expressionismo, tendo participado da revista Der Sturm.
Afastando-se da pintura, interessou-se
por filosofia e literatura, publicando artigos e poemas em revistas culturais.
A partir de 1913 publicou trabalhos na revista expressionista Die Aktion.
Sendo um seguidor fervoroso do
expressionismo, até então, aproxima-se do Dadaísmo em 1917. Em 1918, ano em que se
publicou o primeiro Manifesto
Dadaísta, foi
um dos fundadores do "Clube Dadá" de Berlim, participando dos
primeiros saraus Dada na Alemanha.
Nesta época, Hausmann desenvolveu um
processo de fotomontagem e imprimiu os seus primeiros "poemas de
cartaz", ou "poemas-pôster" e produziu seus primeiros poemas
fonéticos. Em 1919, tornou-se o editor do jornal "Der Dada".
Em 1919, ainda, escreveu
"Protesto contra a concepção de vida weimariana".
Tendo terminado o movimento Dada no início
dos anos de 1920, em 1926 Raoul Hausmann começou a escrever o seu romance
"Hyle". Paralelamente, ele conduziu análises eletroacústicas e óticas
com o "Optofone", um dispositivo patenteado em Londres em 1935, que
era destinado a produzir ondas sonoras a partir de imagens correspondentes, com
a intenção de criar, a partir destes sons, aquilo que chamaria de "poemas
ótico-fonéticos" ou "opto-fonéticos".
A partir de 1930, começa a trabalhar
sistematicamente com fotografia, tendo migrado para Ibiza na mesma década em função da
perseguição pelo Nazismo, estando as obras de Hausmann e dos dadaístas entre as
consideradas "arte degenerada" por Hitler. Abandonando a Espanha, em função da entrada das tropas alemãs que apoiavam o general Francisco Franco, vivendo como um artista banido, Hausmann esteve sempre emigrando
até 1944. Da Espanha ele foi para Zurique e para Praga, em seguida. Após isto, foi para Paris, onde se instalou definitivamente na rua Peyrat-le-Château a
Limoges, vivendo no isolamento, até a sua morte em 1971.
Autor: Raoul
Hausmann
Obra: The
Spirit of our Times
Ano: 1919
Localização: Museu Nacional de Arte Moderna
de Paris
Dimensões:
32,5 x 21 x 20 cm
Técnica: Wood,
metal, leather and cardboard
Movimento: Dadaísmo
Autor: Raoul
Hausmann
Obra: ABCD
Ano: 1920
Localização: Museu Nacional de Arte
Moderna de Paris
Dimensões: 15,1 x 10,1 cm
Técnica: Colagem
Movimento: Dadaísmo
Autor: Raoul Hausmann
Obra: O crítico de Arte
Ano: 1919-20
Localização: Londres – Tate Modern
Dimensões: 31,4 x 25,1 cm
Técnica: Colagem
Movimento: Dadaísmo
Autor: Raoul Hausmann
Obra: Tatlin
at Home
Ano: 1920
Localização:
Dimensões: 41 x 28 cm
Técnica: Colagem
Movimento: Dadaísmo
Autor: Raoul
Hausmann
Obra: Triunfos
dadá
Ano: 1920
Localização:
Dimensões: 41 x 28 cm
Técnica: Colagem
Movimento: Dadaísmo
Autor: Raoul Hausmann
Obra: Self-Portrait
of the Dadasoph
Ano: 1920
Localização: Coleção privada
Dimensões: 36.2 x 28 cm
Técnica: Mixed Media
Movimento: Dadaísmo
Autor: Raoul
Hausmann
Obra: OFFEAH, (optophonetic poem)
Ano: 1918
Localização: Berlinische Galerie, Berlin
Dimensões: 32.8 x 47.8 cm
Técnica: impressão
Movimento: Dadaísmo
Autor: Raoul
Hausmann
Obra: kp’erioum
[also under the title ‘Schriftkonstruktion aus dem Dadaco’], (optophonetic
poem)
Ano: 1919
Localização: Berlinische Galerie, Berlin
Dimensões: 37 x 20 cm
Técnica: Mixed Media
Movimento: Dadaísmo
Autor: Raoul
Hausmann
Obra: Dada im gewöhnlichen Leben (DADA Cino)
Ano: 1920
Localização: Coleção particular
Dimensões: 31.7 x 22.5
Técnica: Colagem e fotomontagem sobre
papel
Movimento: Dadaísmo
Autor: Raoul Hausmann
Obra: Elasticum
Ano: 1920
Localização: Coleção particular
Dimensões: 31 x 37
Técnica: Photomontage, collage et
gouache sur couverture d'un catalogue d'exposition
Movimento: Dadaísmo
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